...27.3... mais uma palavrinha...

talvez  seja  interessante...  neste  momento...
darmos  mais  um  último  mergulhinho...
nesse  tema...  ( tão  visceral )...

a  viagem  que  acabamos  de  fazer...
dentro  do  universo  (sombrio)  do  ciúme...
era  algo  que...  nós...  na  década  de  70...
com  18...  ( ou  20...  ou  24...  ou  etc...)...  anos...
muitas  vezes...  evitávamos  mergulhar...

naquela  época...  o  ciúme  era  visto  como  uma  coisa  meio...  "careta"...
no  fundo...  era  como  se  fosse  uma  espécie  de  tabú...

e...  o  fato  de  ser  (para  alguns  de  nós)...
uma  espécie  de  tabú...
gerava  consequências  terríveis...
pois...  muitas vezes...  eu  me  encontrava...
em  situações  muito  parecidas...
com  essa  "novela"  que  acabamos  de  "navegar"...
...  de  "saborear"...  de  "experimentar"...  de  "vivenciar"...
( saborear...  no  sentido  de  sentir  o  sabor...
   mesmo  que  ele  tenha  sido...  "amargo"...)...

(  e...  segundo  a  medicina-chinesa...
     o  "amargo"  é  um  sabor  tão  importante  e  necessário  como  os  demais...
       como  o  doce...  o  salgado...  o  picante...  etc...)

... voltando  ao  "menu-principal...
estávamos  na  década  de  70...
onde  muitos  de  nós  estávamos  trabalhando  com  a  linha-de-raciocínio...
onde...  achávamos  que  o  ciúme  era  uma  coisa  meio...  "careta"...

e...  tal  visão-de-mundo...
ao  associar  o  ciúme  com  o  tabú...
acabava  impedindo...
que  a  pessoa-afetada...   (pelo  ciúme)...
pudesse  trabalhá-lo  de  uma  forma  saudável...

...  não  só  trabalhá-lo  dentro  de  si...
mas  também  acabava  "impedindo"  (bloqueando)...
a  pessoa-afetada  de  poder  conversar...
num  tom   carinhoso...
e...  cheio  de  um  verdadeiro  amor...
com  o  seu  companheiro  (companheira)...

e...  se  dessa  vez...
hoje...  em  pleno  século  vinte-e-um...
eu...  felizmente...  consegui...  superar...
de  uma  forma  harmoniosa...  esse  conflito  interno...

foi...  graças  ao  exemplo  que...
minha  querida  companheira...
esposa...  namorada...  e  amiga...  marineusa...
me  deu...

pois...  durante  todo  o  drama  em  que  passamos  juntos  desde  2006/2007...
onde  ela  foi  a  principal  atingida  por  esse  terrível  sentimento...

...  desde  lá...  aprendi  com  ela...
que  todo  esse  sentimento...  (justamente  por   ser  terrível)...
tem  que  (e  deve)  ser  carinhosamente  trabalhado...
com  seu  companheiro...

neste  meu  (nosso)  caso  recente...
foi...  graças  às  influências  benéficas  de  seu  (marineusa)  exemplo...
que  consegui...  finalmente...  superar...
o  "tabú-dos-anos-70"...

e...  com  a  ajuda...  do  lápis-e-papel...
consegui...  (felizmente)...  "mastigar"...
"saborear"  (o  sabor  amargo  da  experiência)...
e...  "digerir"  o  que  estava  se  passando...
graças  à  presença  do  método  que  gostaria  de  batizá-lo  agora  como...
o  método  do  lápis-e-papel...
(com  letrinhas  infinitesimalmente  minúsculas...
  objetivando  manter  minha  privacidade...
   ali...  na  hora-do-sufoco...
    ali...  onde  as  coisas  estavam  acontecendo  em  tempo-real...)...

consegui...  (felizmente)...  mastigar...  saborear...  digerir...
o  que  estava  se  passando...
para  que...  no  dia-seguinte...
pudesse  receber  os  confortos  vindos  da  minha  querida  marineusa...
com  carinho...  receptividade...  e...  agradecimento...

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o  furacão...
o  terremoto...
tem  na  maioria  das  vezes...
uma  atuação  destruidora...

mas...  traz...  por  outro  lado...
a  perspectiva  de  uma  re-construção...
de  uma  re-novação...

essa  metáfora  do  furacão...  (ou  terremoto)...
seria  inadequada...
seria  um  exagero  para  o  que  houve...

é  apenas  uma  metáfora...

mas  serve  para  refletirmos...
que...  no  fundo...  no  fundo...
situações  semelhantes...
possam...  (caso  sejam  "trabalhadas"  de  uma  forma  saudável...)...
...  tornar  o  campo  do  relacionamento...
ainda  mais  fértil...
para  a  continuidade  desse  sonho  de  todos  nós...

ou  seja...
o  sonho  do  verdadeiro  amor...

viva  o  amor...
viva  a  verdade...
onde  não  há  espaço  para  o  tabú...

obrigado  minha  querida  marineusa...
obrigado  pela  aula...
que  você  me  passa  diariamente...
através  do  seu  exemplo...
da  sua  dedicação...
da  sua  sinceridade...
e  do  seu  amor...
por  mim...
e  para  toda  a  humanidade...
incluindo  os  animais...

me  despeço...
com  carinho...

um  grande  abraço...
                                ...luis antonio...