ah... agora sim... posso morrer...
se eu morrer daqui a poucos minutos...
estou deixando um rastro aqui na Terra...
rastro esse que relata todos esses "besteiróis"...
impressos na memória do computador...
tal qual os martelinhos das máquinas-antigas-de-datilografar... faziam...
ao marcar...
ao carimbar...
... o papel...
rastros esses...
que pouquíssima gente vai ler...
a não ser minha mãe...
ou meia-dúzia de três ou quatro... amigos meus...
que talvez se interessem... em saber...
alguns detalhes de uma novela...
que eles conheceram ao vivo...
mas pelo menos...
de acordo com aquele gráfico-do-tempo...
i...........p.....f mencionado num texto anterior...
fico... mais-ou-menos... tranquilo...
em saber que a parte i.........p do gráfico...
foi bem aproveitada...
... não no sentido de ter feito grandes coisas... não...
mas sim no sentido de eu ter sido assaltado pelo privilégio...
de ter me empolgado em me lançar nesse processo...
de transferir os "bits" da minha memória...
para a do computador...
( segundo uma imagem já usada anteriormente...
... num desses bla-bla-blás...)
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agora sim... posso morrer em paz...
tento deixar um rastro aqui...
logo eu... aquele rapaz que vivia escondendo...
meus próprios rastros...
minha própria identidade...
mas tudo bem...
o mundo gira...
( e a lusitânia roda...)
( era o slogan-publicitário daquela firma de mudanças...
... impresso na parte lateral dos seus caminhões....)
o mundo girará...
até o dia em que o sol...
como todas as estrelas...
se apagará...
e portanto... a Terra se congelará...
sinto falta dos "replies" do tauê e do peter...
sinto falta de pegar onda com eles...
... na praia de sunset-beach...
adeus... morena do cabelo cacheado...
adeus...
( grande poeta ascenso-ferreira...)
isso sim... é poeta...
o resto é conversa-fiada...
até já...
um grande abraço...
...luis antonio...